02 março 2013


"Porque o amor existe e é mais fácil do que pensamos"

22 fevereiro 2013

Plenitude

E só agora reparo. Desde o primeiro momento, foste sempre tão tu comigo, que me permitias a mim mesma ser para ti tudo o que sou sem máscaras; conversas, sorrisos, abraços, danças, tudo sempre tão natural, confiando em ti na plenitude. Porque tu meu anjo, não tens maldade. Lembro-me da primeira vez que estive apenas a teu lado para te dar força, a primeira vez que nos olhámos e isso bastava; segredar seria impor limites ao que sentíamos. Quando estamos juntos, não existem barreiras e permiti-mo-nos a nós mesmos sermos como se tivéssemos juntos com nós mesmos; porque tu, és eu. E é esta aura tão natural, tão tudo, que me faz querer-te mais vezes nem que seja a dizer parvoíces. Existem imensas entrelinhas que passam despercebidos aos olhos de muitos, mas para nós é tal como devia ser. Acredita que não há certo nem errado em nós, e tudo está como deveria ser. Não vás.

21 fevereiro 2013

Fate


"Sometimes I believe in fateBut the chances we createAlways seem to ring more trueYou took a chance on loving meI took a chance on loving you"

02 fevereiro 2013

2

Quero-te que me segures na cintura, sem receios. Quero que me beijes, seguindo unicamente as ordens do teu coração. Hoje, é o que quero.

25 janeiro 2013

Noites académicas

Quintas-feiras, as loucas quintas-feiras académicas; aquelas noites livres de preocupações, noites de loucura, sem pensar no amanhã. O álcool a correr a velocidade vertiginosa pelas veias, o chão a mover-se debaixo dos nossos pés, o suor a escorrer pelo corpo enquanto estamos sobre a pista de dança fazendo movimentos desiquilibrados. Foi assim, perdida, que tu me achaste. Foi assim, que, semiconsciente te quis. E tive nos teus braços naquela noite. Na semana seguinte, repetimos o atrevimento, embora disfarçado pela nossa percepção distorcida da realidade. E assim se fomos repetindo a piada, semana após semana. Até que comecei, conscientemente, a querer-te não só por uma noite, não só um dia por semana, mas também todos os outros. Encostei-te a parede. Beijei-te, louca e apaixonadamente. E assim, agora digo, és meu.

(Um dia terei coragem. Por agora terei que me contentar com a tua amizade.)
"A vida matou os sonhos que sonhei." in Os miseráveis

17 janeiro 2013

Sociedade

As pessoas de hoje em dia são o que acham que os outros vão esperar delas; e fazem por não ser elas próprias.

15 janeiro 2013

Duvido

Eu duvido. Duvido que não chames o meu nome quando sentes a falta de alguém, duvido que não sintas falta do meu carinho sempre tão sincero, falta de me contar como foi teu dia, as histórias da tua vida que sempre foram para mim melhor do que qualquer novela. Duvido que não me procures nos teus biscates por aí, sempre tão vazias. Vazias igual à tua liberdade idiota que nunca te serviu para porra nenhuma. Talvez esse seja o nosso problema, eu sou completa demais para a tua vidinha de mais ou menos. Eu sinto, eu penso, eu falo, eu conheço-te, e isso assusta-te não é ? "Estou a invadir o teu espaço? Desculpa." Esta fui eu, durante todo este tempo, desculpando-me por quê mesmo? A rebaixar-me para ficares com a razão, para não me perceberes que estava a entrar na tua vida. Se pudesses sentir o quanto isso dói eras tu quem se iria desculpar. Eu queria ligar-te e falar sem pausas tudo que eu ensaiei, de todas as vezes que me magoaste, mas nunca digo para não te magoar, afinal não me fazes mal por mal, e talvez esse seja o pior mal que se possa fazer a alguém, tão natural. Como se algum ensaio no mundo me fosse deixar firme depois do seu 'alô'. Por isso, estou-te a escrever. Sempre fui mais segura com as palavras. Estou te a escrever para talvez um dia te enviar, mas estou a escrever. E não é sobre ti desta vez, é sobre mim. Sobre o quanto eu sou boa, igual a mim é difícil meu bem. Sobre como eu não preciso usar cinco centímetros de saia e um decote no umbigo para ser mulher; sobre como, ainda assim, só eu sei fazer de ti um homem. Sobre muitas coisas, mas principalmente, sobre quantos homens eu poderia estar a engatar neste exacto minuto. Não é contigo, é comigo sabes? Por exemplo, EU idealizo-te neste momento como o melhor, mesmo que tu não o sejas. Acho fixe brincares com a sorte, mas se eu fosse a ti não teria tanta certeza da minha posse. Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se te vou dar esta notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do teu umbigo. Ficaste chocado ? Acontece. Só queria dar te um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por ti, tira uma mão da liberdade e segura um terço. Fica assim, a agarrar-te as coisas. E reza, reza muito para não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto estás a brincar sem saber o que queres. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o teu, essa é a minha essência. E não deves acreditar muito nesta ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou.. sempre foi assim. Mas deixa me te contar te um segredo: se eu for, eu não volto.

14 janeiro 2013

Dá valor

''Ei tu, já paras-te pra pensar nela? Já paras-te pra pensar em quantos rapazes são loucos por ela? Em quantos ficam encantados com aquele sorriso que só ela tem? São tantos, mas ela encontrou-te. Não que ela não tenha encontrado outros antes, mas ela escolheu-te. É, logo tu, que não és príncipe. Mas que ela insiste em te chamar assim de qualquer jeito. Tu, que ela adora assim, exatamente do jeito que és imperfeito. E aí eu te pergunto: Tens dado valor? Podes ter certeza que muitos invejam o lugar que tu tens no coração dela, e no teu primeiro vacilo vão fazer de tudo para conquista-la. E ai meu amigo, vais esperar ver ela nos braços de outro? Vais esperar vê-la a sorrir pelas piadas de outro? Dormir e fazer cafuné noutro? Doeu só de pensar né? Agora imagina se acontece. Vai doer o triplo, Por isso é que eu digo, da valor enquanto a tens !''

07 janeiro 2013

Warning


Sempre ouvi dizer que quem te avisa, teu amigo é.
 Espero que oiças isto, e agora, depois de todo este tempo percebas que tive razão. O passado já lá vai.

05 janeiro 2013

A estrada a percorrer

(...) percebeu que a vida era uma estrada incerta, repleta de cruzamentos, bifurcações, pontes, túneis e becos, e que cada caminho encerrava um sem-número de mistérios, de segredos por desvendar e de enigmas por decifrar. Animado por uma curiosidade persistente e estimulado por uma inteligência viva e intuitiva, cedo começou a suspeitar de que o mundo era um sítio estranho, um enorme palco de ilusões, traiçoeiro e dissimulado, um dúplice jogo de espelhos onde tudo parecia caótico mas se revelava afinal ordenado, onde as coisas tinham certamente um sentido, mas não necessariamente um significado. Pressentiu, aliás, que era precisamente na existência de um significado que principiava o enigma do significado da existência. Chegaria o tempo em que se interrogaria repetidamente sobre esse grande
segredo, talvez um dos maiores e mais velhos mistérios do universo. A questão do significado da existência. 0 destino. Iria então tentar decifrar o sinuoso percurso da vida, o inefável caminho que os dias percorrem, um após outro, arrastando-o numa direcção obscura, a rota talvez previamente definida, quem sabe se escolhida por si ou forçada pelas circunstâncias, certamente conduzindo-o através de uma labiríntica rede até ao inescapável fim, como se as coisas fossem fruto de uma conspiração na sombra, preparada por agentes sem rosto numa fantástica conjuração secreta. Procuraria aí a resposta para o enigma que o apoquentava.
Quando esse tempo viesse, Afonso suspeitaria de que a vida era afinal uma tragédia, ou talvez apenas uma grandiosa peça imaginada por um dramaturgo sem nome e representada por actores sonambulescos, intérpretes involuntários de um enredo desconhecido, personagens a quem ninguém jamais teve a gentileza de explicar a trama da história, a intriga estava afinal determinada mas permanecia indeterminável. Talvez essa visão fosse fruto das circunstâncias particulares da sua existência, da sucessão de percursos inacabados que se tornara a sua vida. Confrontar-se-ia então com os sonhos adiados e os caminhos que não ercorrera, dos dias que vivera guardaria apenas a cruel nostalgia do que poderia ter sido se as coisas se têm tornado diferentes. Nada era justo, tudo se revelava arbitrário, cada um limitava-se a procurar retirar um significado do caos da existência, como se fosse importante criar uma narrativa, estabelecer um sentido, buscar uma razão, encontrar uma explicação para as coisas que simplesmente acontecem. Na vida, concluiria um dia, todos têm direito a um grande amor. Uns achá-loiam num cruzamento perdido e com ele seguiriam até ao im do caminho, teimosos e abnegados, até que a morte desfizesse o que a vida fizera. Outros estavam destinados a desconhecê-lo, a procurarem sem o descobrirem, a cruzarem-se numa esquina sem jamais se olharem, a ignorarem a sua perda até desaparecerem na neblina que pairava sobre o solitário trilho para onde a vida os conduzira. E havia ainda aqueles fadados para a tragédia, os amores que se encontravam e cedo percebiam que o encontro era afinal efémero, furtivo, um mero sopro na corrente do tempo, um cruel interlúdio antes da dolorosa separação, um beijo de despedida no caminho da solidão, a alma abalada pela sombria angústia de saberem que havia um outro percurso, uma outra existência, uma passagem alternativa que lhes fora para sempre vedada. Esses eram os infelizes, os dilacerados pela revolta até serem abatidos pela resignação, os que percorrem a estrada da vida vergados pela saudade do que poderia ter sido, do futuro que não existiu, do trilho que nunca percorreriam a dois. Eram esses os que estavam indelevelmente marcados pela amarga e profunda nostalgia de um amor por viver. A vida é realmente um caldeirão de mistérios, a começar pelos mais simples, pelos mais ingénuos e inocentes, por aqueles que estão na génese da nossa existência.

in A Filha do Capitão, José Rodrigues dos Santos

04 janeiro 2013

Não me perguntes mais nada

Sabes, estou com medo. Neste momento, na minha vida existem demasiadas notas a tocar aleatoriamente, provocando um barulho de fundo inquietante na minha cabeça. Está frio lá fora; ou talvez até nem esteja, talvez seja só uma desculpa da minha fraqueza para não sair debaixo dos lençóis e ir até à janela. Tenho medo. O mundo lá fora assusta-me. O telemóvel vibra, a agitar-me ainda mais. Não, não quero falar com ninguém. O meu único desejo, neste momento, era puder estar em teus braços, deitada a teu lado, a minha cabeça apoiada no teu braço e a minha mão por cima da tua barriga. Queria dizer-te tudo aquilo que me atormenta, para fazeres magia e dizeres 'esta tudo bem', e sentir então os teus lábios na minha testa e adormecer. Quero-te a ti porque tu és o meu Porto de abrigo; quero-te a ti porque tu não és um mundo lá fora, tu és o meu mundo.