29 outubro 2010

Por detrás de mim

Perdidos pela imensa multidão de átomos, uma infeliz coincidência nas infinitas possibilidades levaram à minha existência. Filha do amor, filha da Natureza, já fui uma célula, indefesa, e totalmente dependente de outrem. Sem racionalizar, cresci e fui capaz de me proteger dos mais variados ataques. Milhares de células, iguais a mim, proliferaram, descontroladamente, em meu redor, e esqueci-me de quem originalmente fui. Perdi a noção de mim mesma.
O relógio não pára, as dúvidas aumentam progressivamente, e as respostas correm-me pelas veias. Quem disse que a complexidade é a chave, enganou-se; se eu fosse forma de vida simples, conseguia ser sincera para comigo mesma, e então, feliz.

Envolvida pelas incontáveis respostas a todas as minhas questões, julgo ser incapaz de de encaixar alguma no seu devido lugar. No final, a incerteza centra-se em encontrar-me a mim mesma; e depois, talvez, descobrir-me.
Vim das estrelas e para lá voltarei, um dia. Não me perguntem como, mas eu sei que é assim. E lá, serei feliz.

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